Palavras, ditas vivas, sentimentos, vivos tambem, um pouco de mim, aqui, para ti que lês, que vês, assim....
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Nem sei se a chuva existe,
nem sei se me molha, enfim,
Só sei que me sinto triste,
Quando não choves para mim.
Quem sabe se essa chuva de ternura,
Se esse calor, essa tempestade,
Não será afinal, um tormento de candura,
Nesse tormentosa estrada, a da verdade.
É talvez uma chuva ardente,
Ardente de sequiosa paixão,
Mas ainda há pouco resplandescente,
Agora um ocaso sem perdão.
Saber que existes ó chuva,
e que molhas o meu bem-querer,
É saber que nunca secará,
Esta vontade enorme de te ter.
E, quem sabe um dia, debaixo de ti,
De um chuva diluviana e forte,
Não encontro a mulher de uma vida,
Ou o momento da minha morte.
Na sombra desse olhar, desse teu olhar, na sombra deste querer, deste amar, se faz a luz do hoje, a luz do querer, do desejo, onde nasce e renasce, a cada momento, a cada um dos nossos momentos, um novo olhar, um beijo.
Será que a loucura de viver se transforma num viver na loucura, nesta nossa loucura de viver em amor, de viver sem sermos apenas mais um ou dois, sem antes nem depois, nem amanhã nem talvez, sem histórias de encantar, sem “era uma vez”, será que somos um só, que não tem como nós, sei lá o que será, nem sei nem quero saber, nem quero cogitar, só quero poder viver, viver muito, para sempre, para sempre poder te amar.
Não quero mais viver sem este acordar sonhado, sem este sonhar acordado, sonhar que é meu e teu, que é o nosso, o prazer de estar junto, estar junto sem saber como nem os porquês, estar porque se quer, porque se sente a vontade de estar, de olhar, de beijar, de amar, sei apenas que quero viver, coisa rara essa de viver, porque viver hoje faz sentido, faz um sentido novo, bonito, querer ser teu, querer ser querido.
Peguei num livro, rebusquei o passado, não encontrei nada, o futuro, sim, o futuro, esse estava ali, escarrapachado, claro como um raio de luz, como um Sol, nada era fácil, nada era simples, mas, se fosse não era conquistado, não era suado, não tinha gosto, não tinha sabor, sabia a desgosto, não teria gosto a amor.
Hoje senti saudades do amanhã, desse amanhã que eu sonho e imagino.