Nem sei mais como ser, nem sei já o que dizer, apenas sei que ser assim, sem o saber, acaba por ser um não ser.
Cruzo-me com a beleza, com a perfeição, passam por mim, de raspão, atraem-me, sorriem, dão-me paixão, mas ficar não ficam, não ficam não.
Será que da perfeição me quero acercar, da beleza quererei beber, acho que não, eu quero viver, quero mesmo é amar mas, amar não vou querer se a perfeição me quiser prender, se a beleza me for sufocar.
Conheço tanta gente perfeita, tanta perfeição em forma de gente que, no meio da minha imperfeição quase me tento a julgar-me de demente.
Vou querer ser quem sou, mudar, um pouco aqui, algo ali, mas perfeito não serei nunca, filmes desses eu já vi.
Pensar que, aqueles que se julgam perfeitos, também choram como eu, também emanan tristeza no olhar, tanta perfeição assim tão bela e não haveria motivo para chorar.
Ora, ficai bem, gente perfeita, ficai em vosso castelo, protegidos, restará à vida dizer-vos se vos protegeis ou vos fechais.
Um beijo imperfeito mas com aquele jeito.